Você já se perguntou o que é matriz energética? Podendo ser classificada como um agregado de fontes de energia acessíveis em certa localidade, ela nada mais é do que os recursos energéticos disponíveis em determinada região.

É importante ressaltar que esses recursos energéticos podem ser renováveis (capazes de serem repostos naturalmente), como a energia solar e a energia eólica — e não renováveis — (esgotáveis e finitos), como combustíveis fósseis e pedras preciosas.

A matriz energética é útil para que as áreas especializadas em energia de cada território possam se organizar para colocar em prática as atribuições atreladas à inovação, produção, transporte e vendas do país.

Mas, afinal, você sabe como funciona essa matriz no Brasil e no mundo? Pensando em te ajudar a compreender melhor o que é a matriz energética, qual a diferença para matriz elétrica e quais são as matrizes mais dominantes nacional e mundialmente, preparamos o conteúdo a seguir.

Qual a diferença entre matriz energética e matriz elétrica?

A matriz energética representa as fontes de energia disponíveis em um país para realizar a captação, distribuição e utilização de energia no comércio, nas indústrias e nas residências. Já a matriz elétrica é composta somente por recursos responsáveis por gerar energia elétrica para determinada região ou território. 

painéis solares gerando energia

Ou seja, se de um lado a matriz energética é utilizada para fins mais amplos no que diz respeito à energia produzida — como tornar possível o preparo de um alimento no fogão e gerar eletricidade, a matriz elétrica, por sua vez, faz parte de um processo focado na eletricidade apenas.

Podemos perceber sua influência em ações simples do dia a dia, como assistir TV, utilizar eletrodomésticos (geladeira, máquina de lavar, etc.), carregar o celular, acender a luz e tomar banho quente.

E ao contrário do que muitas pessoas acreditam, embora existam diferenças entre a matriz energética e a matriz elétrica, não dá para dizer que ambas não estão relacionadas umas com a outra. 

Essa relação se dá justamente pelo fato de que a matriz elétrica está englobada na matriz energética, fazendo parte dela, ou seja, não se trata de coisas completamente diferentes, mas sim complementares.

Qual a matriz energética mais usada no Brasil?

A matriz energética do Brasil é muito diferente da mundial. Por aqui, apesar do consumo de energia de fontes não renováveis ser maior que o de renováveis, usamos mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de cana e outras renováveis, se totalizam 48,3%, quase metade da nossa matriz energética:

A diferença entre o consumo de energia proveniente de fontes renováveis e não renováveis no Brasil foi discrepante em relação ao mundo, segundo dados de 2019 da Agência Internacional de Energia (AIE).

Enquanto o Brasil possuía quase metade da matriz energética advinda de recursos renováveis (46%), o mundo possuía apenas 14% — uma estatística um tanto quanto diferente e reflete diretamente no nosso ecossistema. 

Afinal, os recursos energéticos não renováveis emitem gases de efeito estufa. Desse modo, podemos dizer que, contando com quase metade da matriz energética vindo de fontes renováveis, a população brasileira é responsável por uma emissão muito menor desses gases quando comparada aos demais locais do mundo.

Confira como está a matriz energética do Brasil atualmente de acordo com o Balanço Energético Nacional realizado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

  • Petróleo e derivados (não renovável) — 34,4%;
  • Derivados de cana de açúcar (renovável)— 16,4%;
  • Energia hidráulica (renovável) — 11,0%;
  • Gás natural (não renovável) — 13,3%
  • Lenha e carvão vegetal (renovável) — 8,7%;
  • Outras renováveis — 8,7%;
  • Carvão mineral (não renovável)— 5,6%;
  • Energia nuclear (não renovável) — 1,3%
  • Outras não renováveis — 0,6%.

É válido, ainda, destacar que a matriz elétrica do país é mais renovável do que a energética, afinal, a maioria da eletricidade gerada em solo brasileiro é proveniente de usinas hidrelétricas. Além disso, as energias solar e eólica estão em ascensão no Brasil, colaborando para que nossas matrizes sejam cada vez mais renováveis e, assim, mais benéficas ao planeta.

usina hidrelétrica

Vantagens da matriz energética brasileira

Como dito no tópico anterior, a matriz energética do Brasil está entre as mais limpas do mundo. Esse fato, por si só, já poderia ser considerado como a maior vantagem da mesma. Afinal, a utilização de combustíveis fósseis para a produção de energia traz malefícios para o meio ambiente. 

Contudo, a desvantagem brasileira em relação à sua matriz energética vai justamente nesse sentido: ainda necessitamos de mais da metade dos recursos de energia oriundos de recursos não renováveis — como petróleo e carvão mineral, os quais atendem veículos, indústrias, etc. 

É válido ressaltar que esses recursos são esgotáveis, o que pode representar um déficit no futuro, mas muitas vezes são a alternativa mais viável, pois há certos empecilhos para o crescimento da produção energética a partir de fontes renováveis.

A energia captada por meio dos ventos — a eólica, por exemplo, depende de territórios com grande movimentação do ar para que sua utilização seja possível. Outro exemplo é a energia solar, que só pode ser gerada durante o dia e em localidades em que os raios solares são intensos.

turbinas de geração solar

Esses fatores fazem com que o Brasil tenha ainda mais vantagens em usar fontes de captação de energia como essas, considerando o vasto território, que além de grande é diverso, por isso, possibilita um investimento usando dos recursos naturais ao nosso favor, sem causar grandes danos ao meio ambiente.

Para além dessas questões naturais que impedem uma ascensão maior dos recursos renováveis na matriz energética brasileira, estão as investidas em recursos tecnológicos a fim de que o uso dessas fontes limpas seja facilitado e expandido.

Qual é a matriz energética do mundo?

Muito diferente do que ocorre no território nacional, no mundo, a matriz energética é majoritariamente — mais de 80% — composta por fontes não renováveis. De acordo com dados de 2019 da Agência Internacional de Energia (AIE), os recursos a seguir são os mais utilizados no exterior para obtenção de energia:

  • Petróleo e derivados (não renovável) — 31,1%;
  • Carvão mineral (não renovável) — 27%;
  • Gás natural (não renovável) — 23%;
  • Biomassa (renovável) — 9,3%;
  • Energia nuclear — 5%;
  • Energia hidráulica (renovável) — 2,6%;
  • Outros recursos renováveis — 2%.

Como visto acima, apenas 14% da matriz energética mundial é composta por fontes renováveis, como energia solar, energia eólica e energia geotérmica — que representam somente 2% da proporção total — e biomassa (9,3%) e energia hidráulica (2,6%).

Mais uma vez, em comparação com o restante do mundo, o Brasil fica numa posição de muita superioridade quando o assunto é produção de energia. No entanto, é preciso, cada vez mais, voltarmos a atenção para o meio ambiente, buscando aliar maneiras de fazer com que as fontes limpas se expandam mais.

Investindo em tecnologias que deem suporte para que os recursos renováveis sejam captados e distribuídos, cada vez mais conseguiremos alcançar boa parte dos recursos a partir da matriz de energia limpa. 

Como ter acesso à energia renovável no Brasil?

O consumo de energia renovável é vital para o futuro do nosso planeta. E por mais que produtos que não utilizem combustíveis fósseis estejam cada vez mais presentes ao nosso redor (como carros elétricos, por exemplo), levar energia limpa para a rede elétrica de casa pode ser um desafio para muitos brasileiros.

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