Novidades tecnológicas que facilitam a vida doméstica ou que incrementam as horas de lazer em casa estão cada vez mais nas lojas. Aceleração do preparo de alimentos, robotização na hora da limpeza da casa e das roupas, telas gigantes para o “cinema em casa” ou videogames são a maior parte dos produtos da vida moderna que consomem energia elétrica. Mas, os maiores consumos ainda são dos equipamentos de alta potência em aquecimento ou resfriamento.

O consumismo acelerado é um dos fatores do aumento do gasto com energia elétrica, embora muitos equipamentos sejam desenvolvidos com tecnologia em prol da eficiência energética. No Brasil, o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) indica o gasto energético. O consumidor deve estar atento a esta informação na hora da compra. A classificação vai de A até G, onde A é a melhor eficiência.

“Os produtos mais tecnológicos já são pensados de uma maneira a agregar a eficiência energética em seu desempenho. Mas temos alguns, por exemplo, os videogames mais avançados, que consomem bastante energia devido aos seus hardwares mais robustos. Se o tempo de uso não for regrado, vai realmente impactar na conta”, alerta Alfredo Silva, sócio fundador da LUZ, que liderou na fornecedora digital de energia o desenvolvimento do aplicativo que acompanha os gastos dos equipamentos em tempo real.

Além das novidades tecnológicas, as estações do ano e mudanças no clima também são grandes influenciadoras no uso dos eletrodomésticos. Na reta final de setembro, a primavera chegou com calor intenso, quando a máxima foi 40° em várias cidades do interior de São Paulo, onde a LUZ atua com fornecimento de energia. “É inevitável que em dias quentes as pessoas recorram ao ar-condicionado. A recomendação é optar por aparelhos desenvolvidos para o tamanho do ambiente onde será usado. Em um quarto pequeno, por exemplo, um equipamento de 7500 BTUs é suficiente”, recomenda Silva.

Além da dica do dimensionamento, Silva recomenda deixar a temperatura entre 21º e 23º conforme recomendação do Ministério da Saúde. “Não transforme o seu quarto em um frigorífico”, diz Silva. Outra recomendação que vai diminuir o gasto energético é programar o equipamento para ser desligado no final da madrugada. “Principalmente em São Paulo, onde a temperatura é mais amena, a temperatura cai meio da madrugada e quarto se mantém refrigerado”, afirma.

Com relação ao ventilador, a dica é usar na velocidade adequada para o momento. Normalmente os ventiladores vem com três velocidades diferentes, use a menor velocidade quando o calor não estiver tão intenso. Outra dica é em relação à geladeira. Não esqueça de mudar o termostato conforme a estação do ano e faça manutenção quando necessária, especialmente em relação à vedação. Para quem vai trocar de aparelho, ter o dispenser de água na porta é bom para evitar o abre e fecha constante.

Veja na pesquisa abaixo o consumo de equipamentos domésticos e o impacto na conta de energia com base em uma simulação de horas de uso.