As Cidades Inteligentes ou Smart Cities vem crescendo na velocidade do avanço  tecnológico. Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida de seus habitantes usando ferramentas tecnológicas, além de promover o desenvolvimento sustentável mobilidade urbana, saneamento básico, monitoramento ambiental e espaços públicos conectados à internet.

Tecnologias emergentes como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e aprendizado de máquina (IA/ML), processadas com o auxílio do 5G, da computação em nuvem e da edge computing têm contribuído para identificar e problemas que impactam a satisfação do cidadão e a sustentabilidade nas cidades.

Quais os pontos que definem as Cidades inteligentes?

  • Conectividade: o acesso à internet de alta velocidade é essencial para a troca de informações entre habitantes, empresas e órgãos governamentais.
  • Tecnologia e infraestrutura: infraestrutura tecnológica avançada e alinhada aos interesses da população, com redes de comunicação, gerenciamento inteligente de energia etc.
  • Mobilidade urbana: sistemas eficientes de transporte, otimizados por inteligência artificial, de forma a gerar acessibilidade à população e redução das emissões de poluentes.
  • Sustentabilidade: adoção de práticas sustentáveis para gestão, com foco em eficiência energética, fontes renováveis, gestão inteligente de resíduos, entre outros.
  • Planejamento urbano: permite o desenho e organização do espaço físico da cidade, levando em conta aspectos como densidade populacional, uso do solo, infraestrutura básica e acessibilidade.
  • Capital humano: a gestão democrática incentiva a participação dos cidadãos e permite atrair e reter talentos em diferentes áreas, bem como ao nível de educação e cultura da população.
  • Qualidade de vida: a cidade deve ser saudável e segura para seus habitantes, com serviços públicos de qualidade, espaços bem cuidados e acesso à cultura, lazer e esportes.
  • Economia: promove o desenvolvimento econômico sustentável do território, com base na inovação, no empreendedorismo e na produtividade.
  • Projeção internacional: a cidade se conecta com outras cidades e regiões do mundo, por meio de redes de cooperação, intercâmbio cultural e atração de investimentos.

Quais são as cidades inteligentes no mundo?

Segundo os levantamentos do IMD Smart City Index e o Cities in Motion Index, para ser considerada uma Smart City são necessários altos índices de conectividades aplicados a temas como governança e funcionalidade. O índice IMD foi criado para identificar as cidades mais inteligentes e tecnológicas do mundo, reunindo locais que equilibram digitalização e funcionalidade, melhorando a vida das pessoas. As seis cidades contempladas pelos estudos são:


Helsinque (Finlândia):
a capital finlandesa tem a meta de se tornar uma cidade limpa até 2035, com redução de carbono. A cidade aplica tecnologia para monitoramento e redução de emissões.

Londres (Inglaterra): eleita a cidade mais inteligente em 2022, considerando aspectos como alto grau de escolaridade, acesso à educação e qualidade de infraestrutura física e digital.

Nova York (EUA): de acordo com um estudo da Juniper Research, a cidade é o principal mercado para desenvolvimento em IoT (Internet das Coisas) na América do Norte.

Oslo (Noruega): além de cases de destaque no transporte limpo, o governo incentiva o uso de carros elétricos e de emissão zero poluentes.

Singapura: a cidade-estado é apontada como referência em aplicação de tecnologia, gestão e projetos relacionados a cidades inteligentes. Um de seus principais cases é a digitalização do sistema de transporte público, que atende 7,5 milhões de pessoas.

Tóquio (Japão): Tokio é uma cidade de altamente tecnológica, com uma forte cultura de inovação. Além de ter grandes empresas de tecnologia também possui grandes centros de pesquisa e desenvolvimento.

Quais são as cidades inteligentes no Brasil?

Segundo pesquisa realizada pelas empresas Urban Systems e a Necta, com o chamado ranking Connected Smart Cities, as três cidades mais inteligentes do Brasil são:

Curitiba (Paraná): considerada a cidade mais inteligente do Brasil atualmente, destaca-se pela mobilidade sustentável, planejamento urbano e serviços públicos tecnológicos. Os curitibanos têm acesso a aplicativos de saúde pública, bibliotecas eletrônicas e escolas de robótica.

Florianópolis (Santa Catarina): tem um mercado de trabalho com muitos investimentos em acessibilidade digital e tecnologia, principalmente aplicadas na educação da cidade.

São Paulo (São Paulo): a grande metrópole é destaque em inovação e implementação de tecnologia, mobilidade e acessibilidade. Além disso, é referência em serviços automatizados e digitais nas áreas de transporte público e saúde.

Quais os benefícios das cidades inteligentes?

  • Eficiência no transporte público: com sistemas integrados que permitem o planejamento de rotas, o monitoramento do tráfego e a redução de emissões de poluentes.
  • Segurança pública: com câmeras de vigilância, iluminação inteligente e sensores que detectam situações de risco e alertam as autoridades competentes.
  • Qualidade na saúde: com hospitais conectados que facilitam o acesso aos dados dos pacientes, diagnóstico e tratamento de doenças, além de dispositivos vestíveis que monitoram os sinais vitais e enviam alertas em caso de emergência.
  • Acesso à educação e cultura: com escolas equipadas com recursos digitais que estimulam o aprendizado interativo e personalizado, além de plataformas que oferecem cursos online e conteúdos culturais.
  • Sustentabilidade: com sistemas de gestão de resíduos, energia e água que promovem o consumo consciente e a economia circular.

Conclusão

Como vemos, as cidades inteligentes estão aí como uma forma de solucionar os desafios urbanos atuais. A infraestrutura e as soluções urbanas inovadoras oferecem uma visão de cidades mais eficientes, sustentáveis e com qualidade de vida para seus habitantes.

Por isso, é fundamental que empresas, especialistas e cidadãos trabalhem juntos, pois assim será possível alcançar todo o potencial das cidades inteligentes e criar um ambiente urbano que atenda às necessidades presentes e futuras da sociedade.